Autor: Rocco Contestti
Índice
“Se você não mudar de direção terminará
exatamente onde partiu.” (Provérbio Chinês)
“Não tomar uma decisão é uma decisão. Não
fazer uma escolha é uma escolha.” (Kierkegaard)
Lastimável
o modo que Bety e Lisa estavam presas – estavam lado a lado, com correntes nos
pés enganchadas na parece. Com fome, com sede, com hematomas. Desesperança e
medo. K.G. passava pelas duas – sempre mascarado dizendo:
–
Sabem quem está procurando vocês? – ele não esperava respostas – Sua filha
Bianca e seus amiguinhos. – K.G. queria deixar Bety nervosa – Sabe o que vai
acontecer com eles?
–
Não toque na minha filha! – Bety balbuciou, quase sem forças.
–
Se ela o amigos se meterem comigo, sofrerão junto a vocês, as conseqüências. –
K.G. saiu e as trancou.
...
Bianca,
Rudolph e James estavam em frente à casa 1915 da rua da sua escola, mas lá só
tinham pequenas árvores.
–
Esse cara tá ficando louco! Aqui não tem plantas grandes! – disse James.
–
Acho que não, James! – disse Rudolph apontando para um lenço preto que estava
próximo a eles. – Ele fez isso justamente para nos atrapalhar, mas não
conseguiu.
–
Ainda acho que não vamos encontrar nada aqui, só tem planta pequena. – insistiu
James.
–
Mas tem a maior delas. – disse Rudolph apontando para o recado enganchado numa
planta próxima a James.
“Lisa e Bety estão vivas. Os
ataques continuarão.”
K.G.
Ficaram
preocupados com o que tinham acabado de ler. E em suas cabeças só vinha a mesma
pergunta: “O que seriam estes ataques?”.
De
uma coisa sabiam: os seqüestros de Bety e Lisa e o assassinato de Jack foram
realizados pela mesma pessoa.
...
–
Rulph, estão batendo a porta, vá atender! – Susan mandou. Era sábado, ela tinha
folga. Estava na cozinha.
–
Tá ok, mãe! – O garoto abriu a porta. – Lucy! – falou surpreso.
–
Que saudade! – pulou em cima do amigo.
–
Também estava com saudade!
–
Quem é, filho? – Susan falava indo à sala.
–
É a Lucy, mãe! – respondeu Rudolph.
–
Olá minha linda, entre! – Susan convidou-a.
–
Oi, tia! – falou entrando. Rudolph e Lucy passaram a manhã juntos. Conversaram
bastante sobre vários assuntos e um deles erao mistério de K.G., também falaram sobre coisas do colégio, Rudolph
explicou alguns assuntos das aulas que Lucy havia perdido.
– Preciso ir embora! – Lucy disse.
–
Fique para o almoço filha! – Susan convidou.
–
Obrigado tia, mas preciso mesmo ir, quem sabe na próxima?
–
Tá! Mas venhas mesmo!
–
Vamos, eu te levo a porta! – Rudolph.
–
Tchau Rudolph! – Lucy abraçou-o depois de ter beijado o rosto do garoto.
...
À
tarde combinaram de se encontrarem na pizzaria. O local não estava muito cheio,
tinha um casal, dois amigos e um velho lendo um jornal.
–
Já pararam pra pensar o que significa K.G.? – Rudolph perguntou.
–
Boa pergunta! – comentou Bianca – Mas... O que é K.G?
–
Gente, eu pensava que era a sigla de uma quadrilha, mas pelo o que tem nos
recados, perece ser um só homem, devem ser as suas iniciais. – James opinou.
–
Então deve ser mesmo uma pessoa muito próxima a gente, pois o cara sabe nossos
nomes e endereços. – Lucy disse.
–
Boa observação Lucy – comentou James – Mas quem então?
–
O diretor Karl Gaulle. – Rudolph disse.
–
E o Kleber Gross. – Joseph disse.
–
Bem pensado. Mas eles são tão legais conosco. – disse James.
–
Quase esqueço! E estes ataques que ele falou, o que seriam? – Bianca lembrou.
–
Hm... É o eu ele está fazendo, Bia. Matando e seqüestrando. – James respondeu.
Depois
dali, decidiram andar pelas ruas. Conversavam sempre besteiras, riam, corriam...
Quando saíram da pizzaria o velho que estava lendo o jornal se levantou e saiu.
Enquanto
andavam falando besteiras, James percebeu que quando Bianca olhava para Joseph,
ele abaixava a cabeça com vergonha. Quando estavam no cruzamento de duas ruas, para
um carro preto na frente deles que andavam no meio da pista sem nenhum
problema. O carro ficou parado por
alguns minutos depois saiu e eles continuaram andando até tarde.
...
Segunda
– feira, na penúltima aula. Bianca estava sentada próxima a janela da sala de
aula que dava para o estacionamento. Por um segundo ela vira e olha para lá e
vê o professor Karl Gaulle saído mais cedo da escola dentro de seu carro.
–
Ei gente! – cochichou Bianca chamando todos os amigos que estavam sentados
perto dela. – o Karl ta saindo mais cedo hoje!
– Hm...
– Rudolph balançava lentamente sua cabeça de cima para baixo. Do nada o garoto
começou a passar mal, ou melhor, fingiu, fazendo cara de doente e caindo da
carteira para chamar a atenção da professara, afinal era ator. Ela o levou até a diretoria e voltou a sala
de aula. Lá o menino pegou a ficha de autorização para passar pela postaria com
a vice-diretora gorda, Lena Wolff. Pegou a primeira bicicleta que viu no
estacionamento e seguiu o diretor. O
homem estava indo para o outro lado da cidade, não percebera que Rudolph o
seguia. Estava em alta velocidade, enquanto Rudolph, já cansado, pedalava, ou
melhor, tentava pedalar para continuar seguindo Karl. O diretor entra numa rua escura, estranha e
extensa e foi até a esquina dessa rua que o menino conseguiu chegar. Voltou à
escola antes dos sinos baterem e colocou a bicicleta no lugar que achou. Ficou
esperando seus amigos fora da escola.
–
Você estava mesmo passando mal, Rulph? – perguntou Bianca.
–
Claro que não! Estava fingindo! – respondeu.
–
Mas Rudolph, logo você que não falta aula nem quando está doente. – Bianca
ainda confusa.
–
Esqueceu que sou ator. – falou Rudolph rindo – É que segui o Karl. – Rudolph se
explicou e contou tudo que conseguiu ver.
...
–
Gente, já que estamos nos metendo, ou melhor, metidos nisso, acho melhor sempre
estar preparados para qualquer coisa, então fiz uma lista de coisas que devemos
ter sempre em mãos. – James disse.
–
Fala ai! – Joseph.
–
A partir de amanhã andaremos sempre de bicicleta e com mochilas, que deve ter:
lanternas e pilhas reservas, água, sapatos e chinelas, linhas, tesouras,
câmeras e algo mais que vocês achem que seja útil.
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