quarta-feira, 11 de julho de 2012

Only Friendship - Capítulo 7 - Perseguindo Karl Gaulle


Autor: Rocco Contestti
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“Se você não mudar de direção terminará exatamente onde partiu.” (Provérbio Chinês)
“Não tomar uma decisão é uma decisão. Não fazer uma escolha é uma escolha.” (Kierkegaard) 

Lastimável o modo que Bety e Lisa estavam presas – estavam lado a lado, com correntes nos pés enganchadas na parece. Com fome, com sede, com hematomas. Desesperança e medo. K.G. passava pelas duas – sempre mascarado dizendo:
– Sabem quem está procurando vocês? – ele não esperava respostas – Sua filha Bianca e seus amiguinhos. – K.G. queria deixar Bety nervosa – Sabe o que vai acontecer com eles?

– Não toque na minha filha! – Bety balbuciou, quase sem forças.
– Se ela o amigos se meterem comigo, sofrerão junto a vocês, as conseqüências. – K.G. saiu e as trancou.
...
Bianca, Rudolph e James estavam em frente à casa 1915 da rua da sua escola, mas lá só tinham pequenas árvores.
– Esse cara tá ficando louco! Aqui não tem plantas grandes! – disse James.
– Acho que não, James! – disse Rudolph apontando para um lenço preto que estava próximo a eles. – Ele fez isso justamente para nos atrapalhar, mas não conseguiu.
– Ainda acho que não vamos encontrar nada aqui, só tem planta pequena. – insistiu James.
– Mas tem a maior delas. – disse Rudolph apontando para o recado enganchado numa planta próxima a James.
“Lisa e Bety estão vivas. Os ataques continuarão.”
K.G.
Ficaram preocupados com o que tinham acabado de ler. E em suas cabeças só vinha a mesma pergunta: “O que seriam estes ataques?”.
De uma coisa sabiam: os seqüestros de Bety e Lisa e o assassinato de Jack foram realizados pela mesma pessoa.
...
– Rulph, estão batendo a porta, vá atender! – Susan mandou. Era sábado, ela tinha folga. Estava na cozinha.
– Tá ok, mãe! – O garoto abriu a porta. – Lucy! – falou surpreso.
– Que saudade! – pulou em cima do amigo.
– Também estava com saudade!
– Quem é, filho? – Susan falava indo à sala.
– É a Lucy, mãe! – respondeu Rudolph.
– Olá minha linda, entre! – Susan convidou-a.
– Oi, tia! – falou entrando. Rudolph e Lucy passaram a manhã juntos. Conversaram bastante sobre vários assuntos e um deles erao mistério de K.G., também falaram sobre coisas do colégio, Rudolph explicou alguns assuntos das aulas que Lucy havia perdido.
­         – Preciso ir embora! – Lucy disse.
– Fique para o almoço filha! – Susan convidou.
– Obrigado tia, mas preciso mesmo ir, quem sabe na próxima?
– Tá! Mas venhas mesmo!
– Vamos, eu te levo a porta! – Rudolph.
– Tchau Rudolph! – Lucy abraçou-o depois de ter beijado o rosto do garoto.
...
À tarde combinaram de se encontrarem na pizzaria. O local não estava muito cheio, tinha um casal, dois amigos e um velho lendo um jornal.
– Já pararam pra pensar o que significa K.G.? – Rudolph perguntou.
– Boa pergunta! – comentou Bianca – Mas... O que é K.G?
– Gente, eu pensava que era a sigla de uma quadrilha, mas pelo o que tem nos recados, perece ser um só homem, devem ser as suas iniciais. – James opinou.
– Então deve ser mesmo uma pessoa muito próxima a gente, pois o cara sabe nossos nomes e endereços. – Lucy disse.
– Boa observação Lucy – comentou James – Mas quem então?
– O diretor Karl Gaulle. – Rudolph disse.
– E o Kleber Gross. – Joseph disse.
– Bem pensado. Mas eles são tão legais conosco. – disse James.
– Quase esqueço! E estes ataques que ele falou, o que seriam? – Bianca lembrou.
– Hm... É o eu ele está fazendo, Bia. Matando e seqüestrando. – James respondeu.
Depois dali, decidiram andar pelas ruas. Conversavam sempre besteiras, riam, corriam... Quando saíram da pizzaria o velho que estava lendo o jornal se levantou e saiu.
Enquanto andavam falando besteiras, James percebeu que quando Bianca olhava para Joseph, ele abaixava a cabeça com vergonha. Quando estavam no cruzamento de duas ruas, para um carro preto na frente deles que andavam no meio da pista sem nenhum problema.  O carro ficou parado por alguns minutos depois saiu e eles continuaram andando até tarde.
...
Segunda – feira, na penúltima aula. Bianca estava sentada próxima a janela da sala de aula que dava para o estacionamento. Por um segundo ela vira e olha para lá e vê o professor Karl Gaulle saído mais cedo da escola dentro de seu carro.
– Ei gente! – cochichou Bianca chamando todos os amigos que estavam sentados perto dela. – o Karl ta saindo mais cedo hoje!
– Hm... – Rudolph balançava lentamente sua cabeça de cima para baixo. Do nada o garoto começou a passar mal, ou melhor, fingiu, fazendo cara de doente e caindo da carteira para chamar a atenção da professara, afinal era ator.  Ela o levou até a diretoria e voltou a sala de aula. Lá o menino pegou a ficha de autorização para passar pela postaria com a vice-diretora gorda, Lena Wolff. Pegou a primeira bicicleta que viu no estacionamento e seguiu o diretor.  O homem estava indo para o outro lado da cidade, não percebera que Rudolph o seguia. Estava em alta velocidade, enquanto Rudolph, já cansado, pedalava, ou melhor, tentava pedalar para continuar seguindo Karl.  O diretor entra numa rua escura, estranha e extensa e foi até a esquina dessa rua que o menino conseguiu chegar. Voltou à escola antes dos sinos baterem e colocou a bicicleta no lugar que achou. Ficou esperando seus amigos fora da escola.
– Você estava mesmo passando mal, Rulph? – perguntou Bianca.
– Claro que não! Estava fingindo! – respondeu.
– Mas Rudolph, logo você que não falta aula nem quando está doente. – Bianca ainda confusa.
– Esqueceu que sou ator. – falou Rudolph rindo – É que segui o Karl. – Rudolph se explicou e contou tudo que conseguiu ver.
...
– Gente, já que estamos nos metendo, ou melhor, metidos nisso, acho melhor sempre estar preparados para qualquer coisa, então fiz uma lista de coisas que devemos ter sempre em mãos. – James disse.
– Fala ai! – Joseph.
– A partir de amanhã andaremos sempre de bicicleta e com mochilas, que deve ter: lanternas e pilhas reservas, água, sapatos e chinelas, linhas, tesouras, câmeras e algo mais que vocês achem que seja útil. 


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