sábado, 19 de maio de 2012

Only Friendship - Capítulo 3 - Amigos para o que der e vier



Autor: Rocco Contestti
Índice  


“A nossa amizade é como uma árvore que perdura todas as estações!” (Autor Desconhecido)            


Como já sabemos, eles estavam a cada vez mais próximos, ficando mais íntimos, mais amigos, mais irmãos.
         E mais um ano se passou, agora estavam no segundo ano. Bianca já se conformara com a situação de ter pais separados. Ben comprou um grande apartamento no bairro vizinho e Bety ficou na sua casa com a filha.
         James continuou na seleção principal, o garoto tinha um futuro brilhante a sua frente se seguisse carreira no esporte. Ele já conseguiu um título para escola.
         Na família de Rudolph tudo ocorria bem...

...


Nos domingos à noite, Jack, pai de Rudolph, não trabalhava, então combinou com o filho de saírem ao shopping, mas ainda era quarta-feira, e enquanto o dia não chegava, Rudolph aguardava com ansiedade.
         No dia seguinte, quinta-feira, Bianca havia chegado mais cedo à escola, ficou sentada em um dos bancos do pátio. Lembra dos valentões? Na verdade, eram três idiotas que não tinham o que fazer: Andrew Rech, Clark Noer e Toby Keller. E já que não tinham o que fazer, foram perturbar Bianca:
         – Olha quem tá sozinha! O que houve?... Ah, já sei! Ela não sabe se fica com o pai ou a mãe dela, daí ela tá morando na rua enquanto não decide. – falou o mandachuva, Andrew, e os outros riram.
         – Sai daqui, idiota!  - Bianca não levava desaforo para casa.
         – O que disse? – Andrew não gostou.
         – Sai daqui idiota! – repetiu – Agora escutou? Se manda daqui que não tou para brincadeira.
         – Ela tá irritadinha, heim! – Clarck também quis irritar a garota.
         – Estou. Já saíram daqui? Ou querem que eu chame...
         – Não precisa chamar ninguém, já vamos. – Andrew falou e eles saíram. Depois daquele dia nunca mais a perturbaram. O engraçado é que ficaram com medo dela. Logo os meninos, Rudolph e James, chegaram.
         – Por que eles correram? – Rudolph perguntou.
         – Eu fiz isso! – James e Rudolph olharam-se intrigados, preferiram não perguntar mais nada.
...
Domingo. Rudolph estava arrumado esperando seu pai. Eles iam fazer um passeio, porém já estava ficando tarde e Jack não havia chegado – isso nunca acontecera.
         – Filho, espere mais um pouco, ele deve está ocupado com alguma coisa. – Susan tentou acalmar seu filho.
         – Tudo bem, mãe! – Rudolph assentiu.
         Passaram-se mais duas horas.
         – Rulph, vá dormir.
         – Mãe, e o meu pai? – o garoto estava preocupado.
         – Estou aqui filho! – entrou Jack – Desculpa! Tive um imprevisto. Mas não fique triste, na próxima semana nós vamos e sua mãe vai junto.
         – O que houve Jack? Você está diferente. – Susan percebeu.
         – Meu amor, eu vou ser promovido a Capitão! E quando eu chegar, no próximo domingo, nos vamos comemorar minha promoção. – Jack falou eufórico. Dormiram felizes.
...
           Fim de aula.
 Bianca, Rudolph e James estavam na sorveteria, sempre frequentavam essa, pois era a melhor e o dono, senhor Kleber Gross, conhecia os três e sempre deixava uma mesa reservada para eles.
– O que vão querer? – perguntou o homem.
– Chocolate. – James.
– Flocos. – Rudolph.
– Morango. – Bianca.
– Então é o de sempre. – O homem sorriu e saiu.
– E aí meninos, alguma novidade? – Bianca tentou puxar assunto!
– Sim! – Rudolph entusiasmado – Meu pai vai ser promovido a Capitão! E no domingo vamos comemorar.
­         – Que bom Rulph! – Bianca – Estou feliz por você. E você, James?
– Eu tenho nada e você Bia?
– Nada também.
– Aff, vocês... Aff! – Rudolph disse e todos riram.
...
O tal domingo chegou, enfim. Susan e seu filho, alegres, em casa aguardavam Jack, que igual ao domingo anterior, demorou e não chegou no horário marcado. Os dois dormiram sem a presença dele, ou melhor, tentaram:
– Mãe, não consigo dormir sem meu pai aqui. – balbuciou Rudolph.
– Nem eu meu filho, nem eu. – Susan, pensativa e preocupada, envolveu seu filho em seus braços.
No dia seguinte, Rudolph acordou mais cedo que de costume, não conseguira dormir direito. Logo depois sua mãe acordou.
– Rudolph, já está acordado filho? Vou fazer o café. – Susan falava enquanto olhava o filho assistindo televisão.
“Na noite passada houve um assassinato em frente à delegacia...”
– Mãe vem ver! A delegacia que o pai trabalha.
“... não se sabe quem é o assassino, mas houve somente uma vítima, o policial que tinha sido ontem promovido, Jack Vogt...”
Naquele momento Rudolph paralisou e Susan ficou aos prantos. O menino logo ficou soado e a mulher continuou chorando.
Mais tarde, mas ainda de manhã cedo...
– Filho, vou resolver o enterro do seu pai. Não vá para escola hoje. – Susan falou ao filho segurando o choro, estava de preto e muito deprimida.  
...
Bianca e James estavam ao portão da escola esperando Rudolph. O sinal já soara e o garoto não havia chegado.
– Bia, você não acha estranho essa demora do Rudolph? – James perguntou.
– É verdade! Ele não falta aula nem quando está doente. Vamos a casa dele.
– Vamos! – James concordou.
...
James e Bianca estavam à porta da casa de Rudolph. Tocaram a campainha e o garoto os atendeu. Nenhuma palavra por minutos, ao ver os amigos, Rudolph os abraçou.
– O que houve, amigo? – James.
– Me..., me... Meu pai, meu pai foi assassinado. – o menino gaguejou.
Os amigos do garoto permaneceram em silêncio, e só com o olhar acalmaram-no e depois restaram abraçados, um abraço demorado e relaxante para Rudolph. Permaneceram naquela porta ainda abraçados como se o mundo ou o tempo não importassem.
...
James e Bianca ficaram na casa do amigo.
Naquele momento de silêncio, em que os três se encontravam sentados, o telefone toca.
DRIIIIIIIIIIIN DRIIIIIIIIIINN
– Alô!
– Rudolph, vamos velar e enterrar seu pai hoje. Se arrume. Estou indo lhe buscar. – Susan avisou ao filho.
– Tá certo, mãe! Beijo!
– Beijão, filho! – desligou o telefone.
­­– Pessoal, era minha mãe. Ela disse que vamos enterrar meu pai hoje. Quero que venham comigo. – Rudolph, cabisbaixo, vez o pedido.
– Claro que vou com você Rulph. – Bianca aceitou o pedido do amigo.
– Também vou. – James também.
Os amigos de pobre garoto, que agora órfão de pai, aceitaram o convite – o tão triste convite – no intuito de dar forças ao amigo, para que ele toque sua vida.







1 comentários:

Anônimo disse...

Adorei, ver esses textos me faz ter vontade de escrever! espero anciosamente pelo proximo capitulo..

 

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