Autor: Rocco Contestti
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"O culpado da revelação de um segredo
é sempre quem o confiou.”
(Jean de La Bruyère)
(Jean de La Bruyère)
Combinaram
de buscar Joseph no aeroporto. Reuniram-se na casa de Lucy e Ivo os levou em seu
carro. Estavam todos com placas que tinham escrito: “JOSEPH, VIENI QUI!”.
Não
foi tão difícil encontrá-los. Joseph logo que chegou avistou as placas. Bianca
largou a que segurava e correu para abraçá-lo.
–
Você voltou, meu amor! Me abrace! Me beije!
–
Estou aqui, minha vida! Estou aqui! Prometo nunca mais ir para tão longe.
–
Foi tão difícil viver sem você.
–
Pra mim também, mas tudo isso já passou. Estamos juntos de novo e é o que mais
importa agora.
...
Grupo
reunido e pronto para as aulas. Sorte de eles morarem perto da escola, pois
logo na terceira semana de aula, começou a nevar na cidade.
Lucy
acordou mais cedo para ir à escola. Como de costume, abriu sua cortina e viu
que estava nevando lá fora. Correu gritando por toda a casa:
–
Neve! Está nevando! Acordem! – e acordaram.
Saíram
junto para escola e viram um lenço preto jogado na frente de sua casa.
“Estou de volta. Preparem-se para
as surpresas que terão.”
K.G.
Foram
à escola e lá mostraram o recado a Bianca.
...
–
Como passo ter esquecido de dar comida a vocês por uma semana? – K.G. perguntou
em tom de afirmação. – Não se preocupem, trouxe comida hoje. – ele pôs
“quentinhas” no chão e elas avançaram, menos Susan que quase sem forças, o
encarava e gritava:
–Monstro!
–
Cale-se! Devo apresentar-lhes meu jovem assistente. – James entrou. – Acho que
já se conhecem.
–
James? Como... – Susan balbuciava. – Não, meu filho! Você não pode está
ajudando este monstro. Não! – James escutava cabisbaixo.
–
Está me ajudando sim! Ele quem se lembrou de alimentá-las – K.G. falava como se
elas fossem algum tipo de animal. – Bom, nós estamos de saída. Beijos!
...
–
James faltou hoje. – disse Rudolph enquanto saiam da escola.
–
Hm... Ele ficou tão distante da gente. – Bianca se lembrou do dia quem
conheceram Getulius.
–
Olha ali! Aquilo não é um lenço preto? – Joseph apontava para uma árvore perto
dali.
–
É sim! Vamos lá!
“Rudolph, meu caro amigo. Sua
linda mãe vem me dando muito trabalho. Estou perdendo a paciência e estou a
posto de... se tiver algo a me dizer, já sabe como. Deixa um recadinho na sua
casa. Estarei armado caso eu veja alguém.”
K.G.
–
Se ele tocar na minha mãe... – Rudolph respondeu e pôs o recado onde foi
combinado. À noite K.G. passou por lá.
“Não sou seu amigo. E não toque
na minha mãe. Você vai ser pego, vai ser preso, vai se arrepender e pagar por
tudo que fez.”
K.G.
–
Garoto atrevido. Não sabe com quem está se metendo.
...
Os
dias estavam passando rápido. Já era sábado. Um homem bateu a porta à procura
de Rudolph.
–
Rudolph Vogt, por favor.
–
Entre, por favor. – Lucy o convidou. – Vou chamá-lo. Rudolph desceu e viu o
homem.
–
Rudolph?
–
Sim! Quem é o senhor?
–
Sou somente um oficial e vim entregar isso a você. Bom, é um documento dizendo
que não pode morar aqui. Deve ficar com parentes. E uma semana te levaremos
para morar com sua avó.
–
Não posso. Por que não a trazem para morar comigo?
–
Não posso responder a isso. Só obedeço a ordens. Sinto muito! Tenha um bom dia!
– o homem saiu sozinho.
–
Rudolph, não! – Lucy correu para abraçá-lo. – Não vá! Não quero que vá!
–
Também não quero ir, Lucy. Meu lugar é aqui com você...s. Tenho só uma semana
aqui.
–
Não! Nós vamos resolver isso. Ligue para sua avó e a convença para morar com
você. Não vou permitir que vá! – Lucy beijou-o novamente, rapidamente. –
Desculpa!
–
Tudo bem! – Rudolph estava começando a gostar disso.
...
Mais
tarde foram fazer uma visitinha a Kennedy, o velho queria lhes contar algo.
–
Descobri o que o faxineiro de sua escola, Khristian Groeff, fez para ser preso.
–
O quê? Fala... – Lucy como sempre, curiosa.
–
Hm... Ele cometeu um sequestro e dois assassinatos. Tentou fugir, mas não
conseguiu passar mais de dois dias escondido.
–
Ele cometeu um sequestro... – Rudolph pensou alto. – Ele sabe como fazer...
Então é possível... Não! Se ele fosse bom nisso, não estaria até agora livre...
–
Mas assim mesmo devem ter cuidado com ele.
...
Toda
noite Kennedy ficava sozinho na sua grande sala de estar, sentado na sua
confortável poltrona e tomando seu chá à luz das chamas de sua chaminé.
–
Boa noite, senhor! – uma voz misteriosa soou pela grande sala.
–
Quem está ai?
–
Você sabe muito bem!
“K.G.” – pensou o homem assustado.
–
O que quer?
–
Sei que está ajudando as crianças, então vim conversar com você. Sei que não
contará nada a eles, pois sabe o que poderia acontecer se o fizer. – ameaçou.
–
Perfeitamente!
–
Bom, vim contar meus planos.
–
Não prefere primeiro sentar-se? – Kennedy se interessou.
–
Não!
–
Bom, comece.
–
Pretendo não fazer mais nenhum ataque... – ficaram conversando daquele jeito
por horas, Kennedy sentado e K.G. escondido na escuridão. O sequestrador
revelou várias coisas como seu verdadeiro nome, por que estava fazendo tudo
aquilo e como pretenderia terminar.
–
Bom preciso de sua ajuda.
–
Pode contar comigo, me caro. Foi bom conversar com você. – “Bom até demais!”, pensou
Kennedy.
–
Igualmente, senhor Kennedy. Sabe que James é um menino esperto, ele virá aqui.
–
Como sabe?
–
Sei com quem estou me metendo.
...
Como
K.G. previra, James no dia seguinte foi conversar com o velho Kennedy.
–
O que deseja, meu jovem amigo?
–
Preciso revelar uma coisa...
–
Sente-se, por favor.
–
Obrigado! Bom, quando você apareceu, sabe que não gostei. K.G. de alguma forma
descobriu e me convidou para ajudá-lo. Pensei, mas tive muito medo de fazer a
coisa errada.
–
E o que fez?
–
Pensei muito e conclui que a melhor escolha era aceitar o convite. Assim
tentaria descobrir os planos dele.
–
Hm... E acha que foi uma boa idéia?
–
Eh! Sim! Eu acho!
–
Excelente James! Mas não acha que ele não pensou nisso. Ele é uma espécie de
sequestrador em série. Nunca vi antes, mas acho que vai acabar como um “serial
killer”, ou seja, se entregará no fim.
–
Hm... Bem pensado. Passe isso para os outros.
–
Com certeza. Mais algo a contar?
–
Não. Ele não deixa nada fácil. Tudo que ele planeja só me conta quando já tem
feito. Os planos dele para mim são coisas simples, como permitir a entrada dele
na escola, ou esconder algum recado.
–
Hm... Isso explica muito coisa, mas isso é crime James! Por mais que seja
simples, você está ajudando um criminoso.
–
Eu sei, mas já fiz né? Não tem como voltar. E o que mais quero é vê-lo atrás
das grades. – Silêncio. – Sei como escapar da prisão.
–
Ótimo.
–
Como posso ter esquecido? Ele disse que irá parar com os ataques e começar a
parte dois de seu plano... – James contou tudo, tudo que o velho havia escutado
antes com o próprio K.G.
...
O
prazo de uma semana dada a Rudolph para morar com sua avó havia acabado. O
mesmo homem que o avisou, foi buscá-lo. O jovem não tinha escolha, subiu para
ajeitar sua mala. Lucy correu apara ajudá-lo.
–
Rudolph! – uma lágrima corria pelo seu belo rosto. – Não quero que vá!
–
Lucy, não tenho escolha. Minha mãe, Lucy, como vou salvá-la daquele criminoso?
Vou para longe. Viver sem ela, viver uma vida totalmente diferente da que vivi
aqui.
–
Rudolph, eu te amo! Não vá!
–
Lucy! – o coração do menino palpitou – Lucy, eu não posso dizer o mesmo.
Desculpa!
–
Você não tem culpa... – ela foi interrompida por um beijo.
–
Menti. Mas pena que só agora...
Desceram
e foram até o carro juntos, quando vinha outro buzinando. Era Kennedy.
–
Rudolph, não precisa ir embora.
–
Como assim? – perguntou o homem.
–
Sua avó é uma velha amiga. Telefonei para ela. Contei tudo e ela decidiu vim.
Fui buscá-la no aeroporto. – A velha saiu do carro.
–
Vó! – o menino eufórico. – Obrigado, senhor Getulius. – Lucy ficou
discretamente feliz.
–
Já que é assim. Vou tentar liberar a casa o mais cedo possível.
–
Rudolph, vem cá! – Lucy puxou o braço do “amigo” e beijou, anunciando o “namoro”.
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