quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Only Friendship - Capítulo 11 – Revelações


Autor: Rocco Contestti
Índice 


"O culpado da revelação de um segredo é sempre quem o confiou.”
(Jean de La Bruyère)


Combinaram de buscar Joseph no aeroporto. Reuniram-se na casa de Lucy e Ivo os levou em seu carro. Estavam todos com placas que tinham escrito: “JOSEPH, VIENI QUI!”.

Não foi tão difícil encontrá-los. Joseph logo que chegou avistou as placas. Bianca largou a que segurava e correu para abraçá-lo.
– Você voltou, meu amor! Me abrace! Me beije!
– Estou aqui, minha vida! Estou aqui! Prometo nunca mais ir para tão longe.
– Foi tão difícil viver sem você.
– Pra mim também, mas tudo isso já passou. Estamos juntos de novo e é o que mais importa agora.
...
Grupo reunido e pronto para as aulas. Sorte de eles morarem perto da escola, pois logo na terceira semana de aula, começou a nevar na cidade.
Lucy acordou mais cedo para ir à escola. Como de costume, abriu sua cortina e viu que estava nevando lá fora. Correu gritando por toda a casa:
– Neve! Está nevando! Acordem! – e acordaram.
Saíram junto para escola e viram um lenço preto jogado na frente de sua casa.
Estou de volta. Preparem-se para as surpresas que terão.”
K.G.
Foram à escola e lá mostraram o recado a Bianca.
...
– Como passo ter esquecido de dar comida a vocês por uma semana? – K.G. perguntou em tom de afirmação. – Não se preocupem, trouxe comida hoje. – ele pôs “quentinhas” no chão e elas avançaram, menos Susan que quase sem forças, o encarava e gritava:
–Monstro!
– Cale-se! Devo apresentar-lhes meu jovem assistente. – James entrou. – Acho que já se conhecem.
– James? Como... – Susan balbuciava. – Não, meu filho! Você não pode está ajudando este monstro. Não! – James escutava cabisbaixo.
– Está me ajudando sim! Ele quem se lembrou de alimentá-las – K.G. falava como se elas fossem algum tipo de animal. – Bom, nós estamos de saída. Beijos!
...
– James faltou hoje. – disse Rudolph enquanto saiam da escola.
– Hm... Ele ficou tão distante da gente. – Bianca se lembrou do dia quem conheceram Getulius.
– Olha ali! Aquilo não é um lenço preto? – Joseph apontava para uma árvore perto dali.
– É sim! Vamos lá!
“Rudolph, meu caro amigo. Sua linda mãe vem me dando muito trabalho. Estou perdendo a paciência e estou a posto de... se tiver algo a me dizer, já sabe como. Deixa um recadinho na sua casa. Estarei armado caso eu veja alguém.”
K.G.
– Se ele tocar na minha mãe... – Rudolph respondeu e pôs o recado onde foi combinado. À noite K.G. passou por lá.

“Não sou seu amigo. E não toque na minha mãe. Você vai ser pego, vai ser preso, vai se arrepender e pagar por tudo que fez.”
K.G.
– Garoto atrevido. Não sabe com quem está se metendo.
...
Os dias estavam passando rápido. Já era sábado. Um homem bateu a porta à procura de Rudolph.
– Rudolph Vogt, por favor.
– Entre, por favor. – Lucy o convidou. – Vou chamá-lo. Rudolph desceu e viu o homem.
– Rudolph?
– Sim! Quem é o senhor?
– Sou somente um oficial e vim entregar isso a você. Bom, é um documento dizendo que não pode morar aqui. Deve ficar com parentes. E uma semana te levaremos para morar com sua avó.
– Não posso. Por que não a trazem para morar comigo?
– Não posso responder a isso. Só obedeço a ordens. Sinto muito! Tenha um bom dia! – o homem saiu sozinho.
– Rudolph, não! – Lucy correu para abraçá-lo. – Não vá! Não quero que vá!
– Também não quero ir, Lucy. Meu lugar é aqui com você...s. Tenho só uma semana aqui.
– Não! Nós vamos resolver isso. Ligue para sua avó e a convença para morar com você. Não vou permitir que vá! – Lucy beijou-o novamente, rapidamente. – Desculpa!
– Tudo bem! – Rudolph estava começando a gostar disso.
...
Mais tarde foram fazer uma visitinha a Kennedy, o velho queria lhes contar algo.
– Descobri o que o faxineiro de sua escola, Khristian Groeff, fez para ser preso.
– O quê? Fala... – Lucy como sempre, curiosa.
– Hm... Ele cometeu um sequestro e dois assassinatos. Tentou fugir, mas não conseguiu passar mais de dois dias escondido.
– Ele cometeu um sequestro... – Rudolph pensou alto. – Ele sabe como fazer... Então é possível... Não! Se ele fosse bom nisso, não estaria até agora livre...
– Mas assim mesmo devem ter cuidado com ele.
...
Toda noite Kennedy ficava sozinho na sua grande sala de estar, sentado na sua confortável poltrona e tomando seu chá à luz das chamas de sua chaminé.
– Boa noite, senhor! – uma voz misteriosa soou pela grande sala.
– Quem está ai?
– Você sabe muito bem!
 “K.G.” – pensou o homem assustado.
– O que quer?
– Sei que está ajudando as crianças, então vim conversar com você. Sei que não contará nada a eles, pois sabe o que poderia acontecer se o fizer. – ameaçou.
– Perfeitamente!
– Bom, vim contar meus planos.
– Não prefere primeiro sentar-se? – Kennedy se interessou.
– Não!
– Bom, comece.
– Pretendo não fazer mais nenhum ataque... – ficaram conversando daquele jeito por horas, Kennedy sentado e K.G. escondido na escuridão. O sequestrador revelou várias coisas como seu verdadeiro nome, por que estava fazendo tudo aquilo e como pretenderia terminar.
– Bom preciso de sua ajuda.
– Pode contar comigo, me caro. Foi bom conversar com você. – “Bom até demais!”, pensou Kennedy.
– Igualmente, senhor Kennedy. Sabe que James é um menino esperto, ele virá aqui.
– Como sabe?
– Sei com quem estou me metendo.
...
Como K.G. previra, James no dia seguinte foi conversar com o velho Kennedy.
– O que deseja, meu jovem amigo?
– Preciso revelar uma coisa...
– Sente-se, por favor.
– Obrigado! Bom, quando você apareceu, sabe que não gostei. K.G. de alguma forma descobriu e me convidou para ajudá-lo. Pensei, mas tive muito medo de fazer a coisa errada.
– E o que fez?
– Pensei muito e conclui que a melhor escolha era aceitar o convite. Assim tentaria descobrir os planos dele.
– Hm... E acha que foi uma boa idéia?
– Eh! Sim! Eu acho!
– Excelente James! Mas não acha que ele não pensou nisso. Ele é uma espécie de sequestrador em série. Nunca vi antes, mas acho que vai acabar como um “serial killer”, ou seja, se entregará no fim.
– Hm... Bem pensado. Passe isso para os outros.
– Com certeza. Mais algo a contar?
– Não. Ele não deixa nada fácil. Tudo que ele planeja só me conta quando já tem feito. Os planos dele para mim são coisas simples, como permitir a entrada dele na escola, ou esconder algum recado.
– Hm... Isso explica muito coisa, mas isso é crime James! Por mais que seja simples, você está ajudando um criminoso.
– Eu sei, mas já fiz né? Não tem como voltar. E o que mais quero é vê-lo atrás das grades. – Silêncio. – Sei como escapar da prisão.
– Ótimo.
– Como posso ter esquecido? Ele disse que irá parar com os ataques e começar a parte dois de seu plano... – James contou tudo, tudo que o velho havia escutado antes com o próprio K.G.
...
O prazo de uma semana dada a Rudolph para morar com sua avó havia acabado. O mesmo homem que o avisou, foi buscá-lo. O jovem não tinha escolha, subiu para ajeitar sua mala. Lucy correu apara ajudá-lo.
– Rudolph! – uma lágrima corria pelo seu belo rosto. – Não quero que vá!
– Lucy, não tenho escolha. Minha mãe, Lucy, como vou salvá-la daquele criminoso? Vou para longe. Viver sem ela, viver uma vida totalmente diferente da que vivi aqui.
– Rudolph, eu te amo! Não vá!
– Lucy! – o coração do menino palpitou – Lucy, eu não posso dizer o mesmo. Desculpa!
– Você não tem culpa... – ela foi interrompida por um beijo.
– Menti. Mas pena que só agora...
Desceram e foram até o carro juntos, quando vinha outro buzinando. Era Kennedy.
– Rudolph, não precisa ir embora.
– Como assim? – perguntou o homem.
– Sua avó é uma velha amiga. Telefonei para ela. Contei tudo e ela decidiu vim. Fui buscá-la no aeroporto. – A velha saiu do carro.
– Vó! – o menino eufórico. – Obrigado, senhor Getulius. – Lucy ficou discretamente feliz.
– Já que é assim. Vou tentar liberar a casa o mais cedo possível.
– Rudolph, vem cá! – Lucy puxou o braço do “amigo” e beijou, anunciando o “namoro”. 

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