“Como seria bom se o destino nos desse a opção de escolher por que causa nós vamos sofrer.” (Biquíni Cavadão)
Durante todo o enterro de seu pai, Rudolph manteve-
se firme, não queria preocupar sua mãe ficando deprimido. Os amigos, James e
Bianca, estavam lá como haviam prometido, apoiando-o.
...
Como sempre, Rudolph era o primeiro a chegar à
escola, ele pôs sua mochila na carteira que sempre sentava e foi para o pátio.
Ficou sozinho até os três patetas aparecerem.
– Oi gente! Meu nome é Rudolph, meu papai morreu e
fiquei muito abalada. – Andrew queria
irritar Rudolph afinando sua voz, mas não conseguiu.
– Sai Andrew, não enche! – Rudolph não ligava para
as besteiras que o colega de turma falara.
– Eu sou muito educadinho, pedi para o Andrew parar
de me encher. – Clark continuou com a zombaria. – Droga! Esqueci de retocar a
maquiagem. – Também afinando a voz.
– Saiam daqui seus idiotas. – de longe vinha Bianca
correndo colericamente para defender o amigo. Os três saíram. – Não ligue para
o que eles falaram, Rulph. Eles não sabem o que é perder alguém. – ela mudou o
tom – Ridículos, como podem brincar com isso. – a garota estava rangendo com
cara de raiva.
– Bia calma!
- Rudolph disse e James chegou falando:
– Que houve aqui! A Bia está com uma cara de...
– Bia..., você está aí? – perguntou Rudolph, balançando a mão a frente do rosto dela.
– Ops! – Bianca reagiu com um susto. – Desculpa,
desliguei totalmente. O estavam falando?
– É, percebe-se! – James.
– Tá melhor, Rulph? – Bianca perguntou.
– Não se preocupem comigo. – disse amargurado.
– Claro que nos preocupamos com você. Somos amigos.
– James insistiu.
– Desculpa! Sou mesmo um idiota...
– Para disso. Você ainda não me respondeu. – Bianca
disse forçando um riso.
– O que posso dizer? – respirou fundo. – Com vocês
sempre me sinto melhor.
O sorriso forçado funcionou.
...
Nesse dia o diretor Karl Gaulle foi dar uns avisos
na sala de nossos amigos. Ele era amigo de todos os alunos. Sabia o nome e a
vida de cada um deles.
No fim da aula, voltando para casa:
– Vamos à sorveteira hoje? – Bianca mais uma vez
tentando reanimar seu amigo.
– Vamos! – James aceitou o convite, de acordo como
combinara com a sua amiga. – E você Rulph, vai?
– Nem sei, minha mãe está sozinha, preciso ficar
com ela.
– Entendemos...
– Nada disso, os três vão sim à sorveteria. –
interrompeu Susan, mãe de Rudolph, que estava passando por eles.
– Mas mãe, e você...
– Você vai sim, não se preocupe comigo, hoje
encontrei um amigo, ele disse que é para tentar esquecer, se conformar,
viver... Então ele me chamou para um encontro com uns amigos nossos, e eu vou.
Vocês avisem aos seus pais. – Se dirigindo a Bianca e James. – Filho, aproveite
seus amigos, eles só querem te ajudar.
...
– Rulph, desculpa perguntar isso: A polícia já descobriu
quem assassinou seu pai? – Bianca curiosa.
– Ainda não. Mas vou saber o que eles estão
fazendo.
Tomaram os sorvetes de sempre.
...
– Dona Susan, já prendemos os criminosos. Eles
estavam passando de carro em frente à delegacia quando aconteceu... Eles já
tinham cometido vários outros crimes e alguns já tinham passagem em várias
outras prisões. – Falou o delgado Henry Lacort. – Sinto muito!
– Obrigada, senhor Lacort! Tenha um bom dia! – Susan
falou enquanto levantava- se.
...
E terminado mais um ano, um ano triste para Rudolph
e sua mãe, pois perderam Jack que era um ótimo pai e marido.
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